Como o Papa escolhe seu nome? Entenda a tradição no Conclave

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Quando a fumaça branca sobe da Capela Sistina e o anúncio “Habemus Papam” ecoa pelo mundo, uma das primeiras curiosidades que surge é: qual nome o novo Papa escolheu? Essa tradição milenar carrega significados profundos e simbólicos, refletindo a missão e os valores que o pontífice pretende imprimir em seu papado.

O primeiro Papa a mudar de nome

A prática de adotar um novo nome ao assumir o papado remonta ao século VI. O primeiro a fazê-lo foi o Papa João II, cujo nome de nascimento era Mercúrio — uma referência ao deus romano. Considerando inadequado liderar a Igreja com um nome pagão, ele optou por um nome cristão, iniciando uma tradição que perdura até hoje.

O exemplo bíblico de Pedro

Além disso, há uma inspiração bíblica significativa: Jesus renomeou Simão como Pedro, dizendo: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mateus 16,18 – Bíblia Ave-Maria). Nesse versículo, Jesus muda o nome de Simão para Pedro (em grego, Petros, que significa “pedra”), fazendo um jogo de palavras para simbolizar que ele seria o fundamento visível da Igreja. Esse gesto simboliza uma nova missão e identidade espiritual. Assim, ao escolher um novo nome, o Papa sinaliza uma transformação pessoal e o direcionamento que deseja para seu pontificado.

Significados e motivações na escolha do nome

A escolha do nome papal é um ato carregado de simbolismo. Frequentemente, o novo Papa homenageia santos, predecessores ou figuras que representam os valores que pretende enfatizar. Por exemplo, o Papa Francisco escolheu esse nome em homenagem a São Francisco de Assis, destacando seu compromisso com a humildade e os pobres.

Outros papas optaram por nomes compostos para expressar continuidade ou união de legados. João Paulo I, por exemplo, combinou os nomes de seus dois predecessores imediatos, João XXIII e Paulo VI, simbolizando a continuidade das reformas iniciadas por ambos.

Quais nomes papais foram mais escolhidos?

Ao longo da história, alguns nomes foram escolhidos com mais frequência:

  • João: 21 vezes
  • Gregório: 16 vezes
  • Bento: 15 vezes
  • Clemente: 14 vezes
  • Inocêncio e Leão: 13 vezes cada

Curiosamente, nenhum Papa adotou o nome “Pedro” após o apóstolo original, por respeito à sua figura e à tradição de que haveria apenas um Pedro como líder da Igreja.

O processo de escolha durante o Conclave

Após a eleição no conclave, o cardeal decano pergunta ao eleito se aceita o cargo de Sumo Pontífice. Ao aceitar, é questionado sobre o nome que deseja adotar. Esse nome é então anunciado ao mundo pelo cardeal protodiácono com a famosa frase “Habemus Papam”, seguida do nome escolhido.

Para mais informações sobre o conclave e tradições papais, acesse o site oficial do Vaticano.

Conclusão

A escolha do nome papal é uma declaração de intenções, uma homenagem e um guia para o novo caminho que o Papa pretende trilhar. É um gesto que conecta o passado ao presente, inspirando os fiéis e sinalizando as prioridades do novo pontificado.

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