As 7 últimas palavras de Cristo

7 Last Words of Christ

Ele ficou pendurado ali.

Na cruz, torturado. Morrendo. O metal duro dos pregos que prendiam suas pernas e pés no lugar.

Enquanto lutava por ar e mal conseguia respirar, Jesus não ficou em silêncio.

Ele falava com as pessoas ao seu redor, com completos estranhos e com sua família e amigos.

Jesus estava falando conosco em suas últimas horas.

Em suas Sete Últimas Palavras, Jesus nos mostra como cumpriu sua missão salvadora e nos envia para seguir seus passos.

Quais são as 7 últimas palavras de Cristo?

Tradicionalmente, essas sete palavras (que na verdade são “falas” que contêm mais do que uma única palavra) são conhecidas como palavras de Perdão, Salvação, Relacionamento, Abandono, Angústia, Triunfo e Comunhão.

Durante o Desafio de Quaresma2024, os usuários do Hallow passaram um tempo refletindo sobre todas as sete palavras. Juntas, elas ancoraram nossa oração no tempo de Jesus na cruz, mantendo nosso coração fixo no sacrifício de Jesus.

Ela começa com uma palavra que nossa mente conhece mais facilmente do que nosso coração.

“Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem”. – A Primeira Palavra (Perdão)

“Chegados que foram ao lugar chamado Calvário, ali o crucificaram, como também os ladrões, um à direita e outro à esquerda. E Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem”. Eles dividiram as suas vestes e as sortearam.”

Lucas 23:34

Estamos familiarizados com o fato de a Quaresma ser uma época de arrependimento; de fato, ouvimos “Arrependei-vos e crede no Evangelho” ao recebermos cinzas na testa.

Durante a Quaresma, buscamos o perdão. Mas com que frequência oferecemos isso?

Enquanto estava pendurado na cruz, Jesus suplicou ao Pai que perdoasse seus torturadores, mesmo tendo sofrido uma dor inimaginável nas mãos deles.

Às vezes, em nosso relacionamento com os outros, a única coisa mais difícil do que nos humilharmos para pedir perdão é realmente concedê-lo. Perdoar totalmente. Para não permitir que o ressentimento continue permanecendo dentro de nós.

As últimas palavras de Jesus nos lembram que o perdão de Deus não conhece fronteiras. Precisamos da ajuda e da graça de Deus para sermos capazes de perdoar dessa forma.

Colocamos limites no que estamos dispostos a perdoar?

Começaremos esta semana o nosso desafio da Quaresma2024 na Quarta-feira de Cinzas e continuaremos com reflexões do Arcebispo Fulton Sheen e meditações sobre o perdão, o perdão de nós mesmos, dos outros e de Deus.

“Amém, eu lhe digo, hoje você estará comigo no Paraíso” – A Segunda Palavra (Salvação)

Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: “Se és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!”. Mas o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum.” E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!”. Jesus respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso”.

Lucas 23: 39-43

O bom ladrão, conhecido como São Dimas, nos mostra o poder da conversão.

Junto com sua recompensa.

Ladrão condenado, São Dimas provavelmente não levava uma vida muito santa. No entanto, quando ele estava ao lado de Jesus, seus olhos se abriram para a presença de Deus. Em seus últimos suspiros, ele proclamou Jesus como Senhor de toda a criação.

Jesus reconhece esse ato de fé e afirma a São Dimas que ele se juntará a ele no céu.

A promessa do reino de Deus é tão grande. São Dimas percebeu isso quando estava ao lado de Jesus. Durante a Quaresma, quando encontramos tempo para estar presentes com Jesus, somos lembrados da bela dádiva da nossa salvação e do nosso chamado para trazer o reino de Deus para a Terra, assim como é no céu.

As palavras de Jesus nos lembram que não importa quantas vezes você pecou ou há quanto tempo não reza, Deus está sempre disposto a perdoar você.

Nesta segunda semana da Quaresma, refletiremos sobre Jesus como Rei e vamos procurar ter a mesma fé que o bom ladrão. Vamos rezar com o nome de Jesus na Ladainha de Cristo Rei e ofereceremos nossos pecados e louvores a Deus.

“Mulher, eis aí o seu filho…. Eis aí a sua mãe”. – A Terceira Palavra (Relacionamento)

“Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe:“Mulher, eis aí teu filho.” Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”. E dessa hora em diante o discípulo a recebeu como sua mãe.

João 19, 25-27

Por que Jesus se dirigiu a Maria como “mulher” na cruz?

Alguns sugerem que se tratava de um termo de honra e respeito. Outros acreditam que, ao dizer “mulher” e não “mãe”, Jesus mostra que Maria não é simplesmente sua mãe, mas quem os católicos acreditam ser a Mãe Santíssima de todos nós, dada a nós quando Jesus estava pendurado na cruz.

Em seus momentos de maior agonia, Jesus dá a todos nós, como seus discípulos, a dádiva de sua mãe. Ele nos confia uns aos outros. Podemos nos voltar para Maria com confiança, sabendo que ela nos ama como mãe e não quer nada mais para nós do que ficar perto de seu filho.

Podemos ter certeza de suas orações por nós e que vamos encontrar conforto em seu coração, um coração completamente cheio de amor por Jesus.

Nesta semana, vamos rezar ao lado de Maria, nossa Mãe, com a oração mais popular de Hallow, o Terço, e nos conectaremos à sua agonia por meio da Ladainha de Nossa Senhora das Dores.

“Tenho sede”. – A quarta palavra (angústia)

Em seguida, sabendo Jesus que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura, disse:“Tenho sede”.Havia ali um vaso cheio de vinagre. Os soldados encheram de vinagre uma esponja e, fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca.”

João 19: 28-29

Água, sede e bebida fazem parte de um tema comum em todos os Evangelhos, especialmente em João.

Jesus nos diz em João 7: “Quem tem sede venha a mim, e quem crê em mim beba”.

Nesse momento na cruz, Jesus, que nos oferece a promessa de águas vivas por meio do Espírito Santo, está seco.

Seco.

Vazio.

Todos nós podemos nos identificar com a sensação de sede física e de vazio interior.

Mas de que mais Jesus estava sedento? Nesse momento, Jesus foi traído pela humanidade e se sentiu abandonado por Deus Pai.

Ele tem sede de nós, não quer nada além de que compreendamos plenamente o quanto ele nos ama e que nós o amemos em troca. Quando Jesus clamou por sua sede na cruz, foi-lhe dado o gosto azedo do vinagre. Da mesma forma, muitas vezes respondemos à sede de Jesus não com nosso amor, mas com o vinagre de um coração endurecido para com Deus.

Nesta semana, reflita com um exame sobre o que significa ter sede de Deus e ofereça orações e pedidos para aqueles que têm sede física e espiritual nesta semana.

“Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” – A Quinta Palavra (Abandono)

“Desde a hora sexta até a hora nona, houve trevas por toda a terra. E à hora nona, Jesus bradou em alta voz: “Elói, Elói, lammá sabactá­ni?” que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonas­te?”.

Marcos 15: 33-34

Humanidade absoluta.

Quando Deus parece estar longe e distante, ou quando temos dificuldade de nos sentirmos conectados a Jesus, essas palavras podem nos ajudar a lembrar o quanto Jesus era humano.

Será que todos nós já não nos sentimos abandonados algumas vezes?

Nesse momento, o mais humano e vulnerável, Jesus está citando o Salmo 22, que cantamos na Sexta-feira Santa.

Quando nos sentimos abandonados, como Jesus se sentiu quando clamou ao Pai, a conclusão do Salmo 22 nos lembra que a escuridão não tem a palavra final.

Todas as extremidades da terra se lembrarão e se voltarão para o Senhor, e todas as famílias das nações se curvarão diante dele, pois o domínio pertence ao Senhor e ele governa as nações. Todos os ricos da Terra festejarão e adorarão; todos os que descem ao pó se ajoelharão diante dele – aqueles que não conseguem se manter vivos. A posteridade o servirá; as gerações futuras serão informadas sobre o Senhor. Eles proclamarão sua justiça, declarando a um povo ainda não nascido: Ele o fez!

Salmo 22: 27-31

Nesta semana, rezaremos a poderosa Ladainha da Confiança, refletindo sobre o que significa entregar tudo a Deus.

“Está consumado”. – A Sexta Palavra (Triunfo)

“Havendo Jesus tomado do vinagre, disse:“Tudo está consumado”Inclinou a cabeça e entregou o espírito.

João 19:30

Todos os anos, na Vigília Pascal, antes de ouvirmos o Evangelho da Ressurreição, lemos uma passagem de Isaías 55 em que o Senhor nos fala:

“Mas, assim como dos céus descem a chuva e a neve, e para lá não voltam até que tenham regado a terra, tornando-a fértil e frutífera, dando semente ao que semeia e pão ao que come, 11 assim será a minha palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia, mas fará o que me agrada, atingindo o fim para o qual a enviei.”

Enquanto estava pendurado na cruz, Jesus, o Verbo feito carne, havia realizado tudo o que precisava. Tendo assumido todo o peso dos pecados da humanidade, ele se entregou totalmente. Ele alcançou o objetivo para o qual foi enviado.

Jesus triunfou. Sua obra está completa. Essas palavras são sua despedida terrena.

Nesta semana, reze a Ladainha de Enterrar dos Mortos junto com reflexões sobre como se doar com amor.

“Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito”. – A Sétima Palavra (Comunhão)

Era quase à hora sexta e em toda a terra houve trevas até a hora nona. Escureceu-se o sol. e o véu do templo rasgou-se pelo meio. Jesus deu então um grande brado e disse:“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”E, dizendo isso, expirou.

Lucas 23: 44-46

Sr. Marie Veritas, SV aponta para a magnitude das palavras finais de Jesus e o simbolismo que elas oferecem.

“O que Jesus diz em suas últimas palavras na Terra para nós? O que ele faz? Ele nos aponta para o Pai. Ele se lança nos braços do Pai. E então ele se solta.”

Na sexta palavra, Jesus triunfa. Agora ele entra no céu, recebido por seu Pai, que amorosamente dá as boas-vindas a todos nós em seu reino.

Jesus nos aponta para o Pai para que também possamos nos jogar em Seus braços, nos entregando a Ele, sabendo que Ele nos ama e não nos desviará do caminho.

E quando nos colocarmos nos braços de Deus, compartilharemos da alegria que Jesus sentiu ao se reunir com o Pai.

Quando nos colocarmos nos braços de Deus, estaremos perto dele e compartilharemos da alegria que Jesus sentiu ao se reunir com o Pai.

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Sabemos que a morte não é a palavra final. Após a sétima palavra, aguardamos ansiosamente a alegria do túmulo vazio.

Nesta última semana, devolvemos tudo a Deus por meio da Oração de Rendição. Passamos do Domingo de Ramos para o Tríduo, caminhando com Jesus da escuridão para a luz da Salvação no Domingo de Páscoa.

Nesta Quaresma, renove sua fé e aprofunde seu relacionamento com Deus refletindo e meditando sobre o maior sermão já proferido, as Sete Últimas Palavras de Cristo.

Que a paz esteja com você nesta Quaresma.

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